Crise

2,5 mil empregos foram encerrados

Número corresponde aos desligamentos em Pelotas em janeiro deste ano, com base nos dados do Caged do Ministério do Trabalho

Em janeiro deste ano ocorreram em Pelotas 1.758 admissões e 2.537 desligamentos, o que resultou em saldo negativo de 779 empregos formais celetistas. Os dados foram divulgados pelo Observatório Social do Trabalho, do Instituto de Filosofia, Sociologia e Política (Ifisp) da UFPel, através dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A taxa de variação foi de -1,24% em relação ao estoque do mês anterior. Esse desempenho foi pior do que o de janeiro de 2016, quando o saldo foi de -251 vínculos formais.

Em Rio Grande ocorreram 1.146 admissões e 1.547 desligamentos, resultando em saldo negativo de 401 vínculos formais, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,96% em relação ao mês anterior. Em relação a janeiro de 2016, quando o saldo foi de -236 vínculos formais, esse desempenho foi pior.

As perdas de emprego foram proporcionalmente mais elevadas em de Pelotas e Rio Grande em relação ao Brasil, que apresentou saldo de -40.864 vínculos formais, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,11%. O desempenho da evolução do emprego formal no Rio Grande do Sul foi positivo, com saldo de 8.134 empregos formais em janeiro de 2017, o que corresponde a uma taxa de variação de 0,32%.

Os últimos 12 meses
O balanço da evolução do emprego formal nos últimos 12 meses mostra-se bastante negativo em todos os níveis geográficos analisados pelo Observatório Social do Trabalho, com destaque para o município de Rio Grande, tendo em vista a crise do setor naval. Em Pelotas constata-se uma perda acumulada de 2.318 empregos formais celetistas em relação ao estoque de janeiro de 2016, o que corresponde a uma taxa de variação de -3,60%. Em Rio Grande, a perda foi bem mais elevada, de 5.126 empregos formais celetistas (variação de -11,06%, o pior resultado dentre as unidades geográficas analisadas).

Esse desempenho negativo nos últimos 12 meses é igualmente observado no conjunto do país e no Rio Grande do Sul. No Brasil registram-se 1.280.853 empregos formais perdidos (taxa de variação de -3,24%) e no estado gaúcho 53.450 empregos formais celetistas perdidos (taxa de variação de -2,06%).

Os resultados por setor e quem contribuiu
Em janeiro deste ano a indústria de transformação foi o setor que apresentou o pior desempenho (-619 vínculos formais), contribuindo decisivamente para o saldo negativo do conjunto do mercado de trabalho de Pelotas. O comércio também apresentou perdas significativas, com saldo de -165 vínculos. Os demais setores não tiveram participação significativa.

No período de 12 meses, o cenário negativo se generaliza entre os setores, com perdas significativas no comércio (-626 vínculos), na construção civil (-513 vínculos), nos serviços (-484 vínculos), na indústria de transformação (-468 vínculos) e nos serviços industriais de utilidade pública (-223 vínculos).

Método
Os dados do Caged referem-se apenas aos empregos formais celetistas registrados, declarados pelos estabelecimentos ao Ministério do Trabalho (MTb), excluídos os empregos estatutários e os empregos e ocupações informais. Estes dados estão sujeitos a ajustes, tendo em vista as declarações realizadas fora do prazo regular.

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